terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

JURA

Jura no cotidiano
Pra não fugir da técnica
estrutural do jazz
refrão e improviso, aviso
condenação: culpado de reflexão.
São tuas ondas me quebram,
na praia,
em público amor e ódio,
meios, inteiros e fins.
Levas tudo que há
e a alma há de escapar.
Amo leitores
sem que os mereça.
Não os tenho escolhido.
Fico com ossos do oficio.
Querem entrar em contato,
à todo custo,
com o autor,
cruzamento entre obra,
e si mesmo.
Só a música me toca.
A escrita existe por si.
Nesta contramão,
a autoria perde-se
ponto final,
texto parido,
é visceral
é visceral
é visceral.
Te acuso, culpado, sem perdão.
As letras são provas de acusação
Se destas faltarem melodia, harmonia e ritmo:
proposta que eu chegue ao samba,
desde o navio negreiro,
até o preto e branco,
onde residem todos entretons.

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