Vide obra - Leandro Jardim
Prefiro a vida
à obra
minha,
e também à obra alheia.
Gosto mais da cor dos dias coloridos
do que das letras embevecidas
que degusto às horas mortas,
como um ressuscitador
utópico e obsessivo
do que se passa nos agoras.
É essa minha usura.
(E contabilizar o tempo
é como contar estrelas
ou desenhar o vento, sei,
à maneira dos ingênuos.)
Sendo assim, escolho a vivência
antes da leitura, que escolho
antes da escrita. Mas, ante a isso tudo,
só mesmo a literatura.
Atualização no Blog
[Flores, Pragas e Sementes...]
Meus poemas no Blog do Noblat
Desde ontem e até domingo, poemas do meu último livro serão publicados diariamente às 23h30 no blog do Ricardo Noblat, colunista d'O Globo, dentro do site do jornal. Uma honra!
O primeiro foi 'Vide obra', que também abre 'Os poemas que não gostamos de nossos poetas preferidos' (Orpheu, 2010). Já é possível conferi-lo e comentar aqui no Blog do Noblat!
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
quarta-feira, 16 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
POEMA SEM DATA
POEMA SEM DATA
Meu nariz
respira ares do Irã.
Minha comida
envenenou o russo.
É muito apertado
o chão da China.
Monge é massacrado.
A pedra social mata a mulher
no corredor da pena de morte.
Segredos de Estado
revelam o amor.
Entre almas fúteis
para dor.
Do livro Preto e Branco, 2011
Meu nariz
respira ares do Irã.
Minha comida
envenenou o russo.
É muito apertado
o chão da China.
Monge é massacrado.
A pedra social mata a mulher
no corredor da pena de morte.
Segredos de Estado
revelam o amor.
Entre almas fúteis
para dor.
Do livro Preto e Branco, 2011
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