sexta-feira, 13 de maio de 2011

AS DORES QUE SÃO NOSSAS

Lá, no interior das goiabeiras, repousam, entre sóis e trovoadas, os sigilos, celeiros dos criadores, avassalados por indústrias. Quiçá, ambos os lados, por um, grandes produtores; de outro, a perca da preguiça, o se debruçar, pelas tardes infinitas. De todo o mundo, é ali que se lavam as roupas sujas da humanidade. Da perda do avô Luz Querido, a bater os Continentes, que reviramos em Marcha da Maconha; até o aguçar das viúvas de Bin Laden. Somos todos metades, semicoisas e inteiros. Fetos e abortos. Pernas e rezas. Horizontes e Verticais. Diagonais e transversais. Lexotans e superheróis. Mulçumanos e todas as fés. Tudo e nada do vácuo que nos atravessa o medo: o terror, o falar e o calar. Dos extremos, a terra e o céu. Somos o atravessamento e a fixação. Somos o receio de sermos normais. E a válvula de escape dos leitores, como um escape de ar, para quem precisa de oxigênio para respirar, aqui vai, uma dose de fôlego. Aos hackers, aos berros, aos sussurros, aos surdos, aos que falam e calam sobre as nossas dores e nossos risos, mas não nos abandonam. Jamais. Com gratidão, Dionnara..